quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Greenpeace Brasil

Greenpeace Brasil

FORMAS DE ANUNCIAR NO RÁDIO

JINGLE: É harmonia de música e letra, formando uma mensagem publicitária.

SPOT: Texto ou diálogo com uma ou mais vozes, enriquecido ou não por efeitos musicais ou de sonoplastia. Durações mais utilizadas: 30” ou 15”

TEXTO: Mensagem comercial lida por uma só voz, dentro do contexto do programa pode ser feita pelo locutor da programação.

FOGUETE: Texto curto, incisivo, medido por segundo geralmente 5” ou palavras geralmente 7”

TESTEMUNHAR: Anúncio feito pelo locutor, apresentador ou pessoa de expressão, apresentando um depoimento sobre o produto ou serviço.

ROTEIRO RADIOFÔNICO

É o programa de rádio no papel”, contendo informações notícias indicações técnicas, nomes de música e interpretes, indicações de discos, cartuchos, comerciais, passagens de vinhetas, intervalos comercias etc.

Um roteiro bem elaborado facilita a leitura do locutor e o trabalho do operado de som.

DICAS PARA UM BOM ROTEIRO

Fazer o cabeçalho no início da lauda com nome do programa, data, nome do redator, titulo, tempo, cliente (em caso de texto comercial) e finalidade.

Cada linha completa digitada (ou uma linha digitada com +ou- 70 toques) corresponde a 5 segundos de locução.

- Não separe sílabas de uma linha para outra.

- Não separe frases ao mudar de página

- Enumere as laudas.

- Utilize letras maiúsculas (CAIXA ALTA) para as falas do locutor.

- Escreva números por extenso ex: duas pessoas guardaram dois milhões de reais.

- Ao escrever nomes estrangeiros de preferências a forma falada, colocando-a entre parentes/aspas

- Evites palavra ou frases que dificultem a locução.

- Assinale as passagens musicais e indicações técnicas.

- Indicar o tempo das entrevistas ou matérias pré gravadas.

- Escreva cinco horas da tarde e não 17 horas.

- Siglas muito conhecidas podem ser usadas (só as muito conhecidas as outras devem ser escritas por extenso

- Nomes de pessoas pouco conhecidas devem ser associadas aos cargos que ocupam ou identificadas quanto a profissão.

- Simplifique os números. Os números devem ser aproximados exceto nas notícias que exigem exatidão das cifras.

- Converta moedas estrangeiras em reais

- Converta milhas em quilômetros

- Evite números ordinais acima do décimo ex: quarenta dias em greve e não quadragésimo dia de greve.

- Tenha sempre um dicionário a mão.

- Leia o texto em voz alta ao terminar corrija os erros nesta leitura, observe o ritmo das frases.

Atenção: Exemplo de lauda publicado neste mesmo BLOG em fevereiro 2009, disponível para download.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Abstracionismo


O movimento artístico chamado Abstracionismo foi uma tendência das artes plásticas desenvolvida no início do século XX na Alemanha. Surge com base nas experiências das vanguardas européias, que recusam a herança renascentista das academias de arte. As obras abandonam o compromisso de representar a realidade aparente, não reproduzem figuras nem retratam temas. O que importa são as formas e as cores da composição. Na escultura, os artistas trabalham principalmente o volume e a textura, explorando as possibilidades da tridimensionalidade do objeto. Há dois tipos de Abstracionismo: o informal (ou subjetivo), que busca o lirismo e privilegia as formas livres, e o geométrico (ou objetivo), de técnica mais rigorosa e sem a intenção de expressar sentimentos nem idéias.O Abstracionismo informal recebe influência do expressionismo e do cubismo. Os artistas deixam a perspectiva tradicional e criam as formas no ato da pintura. Linhas e cores são utilizadas para exprimir emoções. Em geral, vêem-se manchas e grafismos. Um dos principais nomes do Abstracionismo é Vassíli Kandínski (1866-1944), russo que vivia na Alemanha. Primeiro artista a definir sua arte como abstrata, ele leva o Expressionismo a essa nova tendência. Outro nome importante do Abstracionismo informal é o suíço Paul Klee (1879-1940).Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), influenciadas pelo Abstracionismo informal, surgem outras tendências artísticas, como o Expressionismo abstrato e o Abstracionismo gestual.No Abstracionismo geométrico, ao desenvolver pinturas, gravuras e peças de arte gráfica, os artistas exploram com rigor técnico as formas geométricas, sem a preocupação de transmitir idéias e sentimentos. Os principais iniciadores do Abstracionismo geométrico são o russo Malevitch (1878-1935) e o holandês Piet Mondrian (1872-1944). Com quadros em que figuras geométricas flutuam num espaço sem perspectiva, Malevitch inaugura o suprematismo (autonomia da forma), movimento derivado do Abstracionismo. A tela Quadrado Negro é um de seus marcos.Mondrian, que no início da década de 1910 estivera próximo dos cubistas, entre os anos 20 e 40 dedica-se a pintar telas apenas com linhas horizontais e verticais, com ângulos retos e com as três cores primárias (amarelo, azul e vermelho), além do preto e do branco. Para ele, essas formas seriam a essência dos objetos. O trabalho de Mondrian influencia diretamente a arte funcional desenvolvida pela Bauhaus. Do Abstracionismo geométrico derivam o Construtivismo, o Concretismo e o Minimalismo. Na escultura, destaca-se o belga Georges Vantongerloo (1886-1965).No Brasil, o Abstracionismo surge com ênfase em meados dos anos 50. O curso de gravação de Iberê Camargo (1914-1994) forma uma geração de gravuristas abstratos, na qual se destacam Antoni Babinski (1931-), Maria Bonomi (1935-) e Mário Gruber (1927-). Outros impulsos aparecem com a fundação dos museus de Arte Moderna de São Paulo (1948) e do Rio de Janeiro (1949) e com a criação da Bienal Internacional de São Paulo (1951). Entre os pioneiros da abstração no Brasil, destacam-se Antônio Bandeira (1922-1967), Cícero Dias (1908-) e Sheila Branningan (1914-). Posteriormente, artistas como Flávio Shiró (1928-), Manabu Mabe (1924-1997), Yolanda Mohalyi (1909-1978), Wega Nery (1912-), além de Iberê, praticam o Abstracionismo informal. O Abstracionismo geométrico, que se manifesta no Concretismo e no Neoconcretismo também nos anos 50, encontra praticantes em Tomie Ohtake (1913-), Fayga Ostrower (1920-), Arcângelo Ianelli (1922-) e Samson Flexor (1907-1971).

Art Déco


O Art Déco é um movimento das artes decorativas cultivado pela sociedade de massa que influencia as artes plásticas e a arquitetura. Esse movimento surge na década de 20 e ganha força nos anos 30 na Europa e nas Américas, misturando os princípios do cubismo com elementos clássicos. Edifícios, esculturas, jóias, luminárias e móveis são geometrizados. Sem perder o requinte, os objetos adquirem decoração moderna. Mesmo quando feitos com bases simples, como concreto armado e compensado de madeira, ganham ornamentos de bronze, mármore, prata, marfim e de outros materiais nobres.O nome do movimento foi originado na Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, realizada em Paris em 1925. Na mostra, obras de nus femininos, animais e folhagens são apresentadas em cores discretas, traços sintéticos, formas estilizadas ou geométricas. Muitas peças exibem marcas de civilizações antigas, como é o caso de uma escrivaninha de madeira laqueada, marfim e metal que reproduz um templo asteca.Ao lado de objetos industrializados, existem peças produzidas artesanalmente com um número limitado de cópias. Ao contrário do design criado pela Bauhaus no Art Déco não se exige funcionalidade. O estilo pode ser visto como uma tentativa de modernizar o Art Nouveau.O uso de materiais menos nobres - como os primeiros plásticos, concreto armado, compensado de madeira e aço tubular - e o início da produção em série contribuem para baixar o preço unitário das obras. É o caso das luminárias de vidro com esculturas de bronze vendidas em grandes lojas, criadas pelo francês René Lalique (1860-1945), um dos expoentes do movimento. Na arquitetura, as fachadas têm rigor geométrico e ritmo linear, com fortes elementos decorativos em materiais nobres. Dois exemplos são o Empire State e o Rockefeller Center, ambos em Nova York.Durante a II Guerra Mundial, o Art Déco sai de moda, mas, no fim da década de 60, colecionadores de todo o mundo voltam a se interessar pelo estilo.O Art Déco chega ao Brasil em 1929, com a construção do edifício A Noite, em Copacabana, na Zona Sul carioca. Alguns exemplos do estilo: o Cristo Redentor e a Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ); o Elevador Lacerda, em Salvador (BA); e o viaduto do Chá, em São Paulo (SP). O movimento influencia ainda artistas como o escultor Vitor Brecheret (1894-1955), Vicente do Rego Monteiro (1899-1970), John Graz (1891-1980) e Regina Graz (1897-1973). Uma obra de Brecheret fortemente marcada pelo Art Déco é o Monumento às Bandeiras, na cidade de São Paulo.

Arte Bizantina


O Cristianismo não foi a única preocupação para o Império Romano nos primeiros séculos de nossa era. Por volta do século IV, começou a invasão dos povos bárbaros e que levou Constantino a transferir a capital do Império para Bizâncio, cidade grega, depois batizada por Constantinopla.A mudança da capital foi um golpe de misericórdia para a já enfraquecida Roma; facilitou a formação dos Reinos Bárbaros e possibilitou o aparecimento do primeiro estilo de arte cristã - Arte Bizantina.Graças a sua localização (Constantinopla) a Arte Bizantina sofreu influências de Roma, Grécia e do Oriente. A união de alguns elementos dessa cultura formou um estilo novo, rico tanto na técnica como na cor.A Arte Bizantina está dirigida pela religião; ao clero cabia, além das suas funções, organizar também as artes, tornando os artistas meros executores. O regime era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais; era o representante de Deus, tanto que se convencionou representá-lo com uma auréola sobre a cabeça, e, não raro encontrar um mosaico onde esteja juntamente com a esposa, ladeando a Virgem Maria e o Menino Jesus.O mosaico é expressão máxima da Arte Bizantina e não se destinava apenas a enfeitar as paredes e abóbadas, mas instruir os fiéis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores. Plasticamente, o mosaico bizantino em nada se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem inclusive os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é demasiadamente utilizado devido à associação com maior bem existente na terra: o ouro.A arquitetura das igrejas foi a que recebeu maior atenção da Arte Bizantina, elas eram planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada imensas cúpulas, criando-se prédios enormes e espaçosos totalmente decorados.A Igreja de Santa Sofia (Sofia = Sabedoria), na hoje Istambul, foi um dos maiores triunfos da nova técnica bizantina, projetada pelos arquitetos Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto, ela possui uma cúpula de 55 metros apoiada em quatro arcos plenos. Tal método tornou a cúpula extremamente elevada, sugerindo, por associação à abóbada celeste, sentimentos de universalidade e poder absoluto. Apresenta pinturas nas paredes, colunas com capitel ricamente decorado com mosaicos e o chão de mármore polido.Toda essa atração por decoração aliada a prevenção que os cristãos tinham contra a estatuária que lembrava de imediato o paganismo romano, afasta o gosto pela forma e conseqüentemente a escultura não teve tanto destaque neste período.O que se encontra restringe-se a baixos relevos acoplados à decoração.A Arte Bizantina teve seu grande apogeu no século VI, durante o reinado do Imperador Justiniano. Porém, logo se sucedeu um período de crise chamado de Iconoclastia. Constituía na destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito entre os imperadores e o clero.A Arte Bizantina não se extinguiu em 1453, pois, durante a segunda metade do século XV e boa parte do século XVI, a arte daquelas regiões onde ainda florescia a ortodoxia grega permaneceu dentro da Arte Bizantina. E essa arte extravasou em muito os limites territoriais do império, penetrando, por exemplo, nos países eslavos.

Arte Egípcia


Uma das principais civilizações da antiguidade foi a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais.Os egípcios acreditavam que depois da morte havia outra vida. Dessa forma todos os setores da sociedade e também a arte, eram voltados à religião e os preparativos para o "além da vida".O povo egípcio era culto, trabalhador e conhecedor das ciências exatas, da medicina, do artesanato, do cultivo da terra, etc.A civilização egípcia foi uma das principais civilizações da antiguidade, não é à toa que até os dias atuais suas misteriosas pirâmides são estudadas.Extremamente influenciados pela religião, os egípcios tiveram toda a vida, o universo, a organização social e política e a arte dominados pela religião.Além de crer em deuses, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte muito mais importante do que a que eles viviam no presente.A arte egípcia esteve focada na glorificação dos deuses e do "rei" faraó que era divinizado, para o qual se erguiam templos e pirâmides monstruosas.A arte egípcia caracteriza-se a através dos seguintes aspectos:
Lei da frontalidade: a representação das figuras humanas seguem normas: a cabeça é mostrada de perfil, os olhos de frente, as pernas de perfil e o tronco de frente;
O tamanho das pessoas representadas varia de acordo com sua posição social. Ex:.o faraó é representado bem maior que sua esposa, vindo, em seguida o sacerdote, o escriba, os soldados e o povo;
As decorações são feitas com hieróglifos, pinturas e relevos;
As figuras representadas são rígidas, em absoluto repouso;
A pintura é harmoniosa, assim como a escultura, e a arquitetura. As figuras masculinas são pintadas em vermelho e as femininas em ocre;
São utilizadas formas piramidais e simétricas;
Na arquitetura destacam -se as construções dos grandes templos e tumbas.
As características gerais da arquitetura egípcia são:
Solidez e durabilidade;
Sentimento de eternidade;
Aspecto misterioso e impenetrável.
Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos. Divididos em três categorias:
Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó;
Mastaba - túmulo para a nobreza;
Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.
Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididos conforme seu capitel:
Palmiforme - flores de palmeira;
Papiriforme - flores de papiro;
Lotiforme - flor de lótus.
Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, muitas vezes de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam freqüentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade.


Arte Grega


A arte grega é voltada para a inteligência, pois seus reis dedicavam-se ao bem-estar do povo.Sempre em busca da perfeição, o artista grego desenvolve uma arte intelectual é predominada pelo equilíbrio, o ritmo e a harmonia. O artista grego é racionalista, tem amor pela beleza, exalta o homem e a democracia.As façanhas dos deuses e heróis, em honra dos quais foram erguidos templos em todo o mundo grego, constituíram os temas de quase todas as obras dos artistas gregos.Os gregos destacaram-se principalmente na arquitetura. Houve três estilos arquitetônicos na Grécia Antiga:
o dórico, caracterizado pela sobriedade das linhas e solidez das construções;
o jônico, um estilo elegante e leve;
o coríntio, caracterizado por um capitel ornamentado em forma de folhas.
O mais notável conjunto arquitetônico era o da Acrópole, em Atenas, mandado construir por Péricles; e o mais importante é o Partenon de Atenas.Os teatros eram construídos em lugares abertos que se compunham de três partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou arquibancada, para os espectadores. Um dos teatros mais famosos e de melhor acústica é o Epidauro, que era constituído de 55 degraus e tinha capacidade para 14.000 pessoas.A pintura grega destaca-se como arte decorativa da cerâmica, representando cenas mitológicas e costumes gregos. Os vasos gregos são também conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação, para servir bem à função, eram utilizados para armazenar mantimentos e para a realização de rituais religiosos.
Ânfora - vasilha em forma de coração, com o gargalo largo e duas asas;
Hidra - (água) tinha três asas, uma vertical para segurar enquanto corria a água e duas para levantar;
Cratera - tinha a boca bastante larga, com o corpo em forma de um sino invertido, servia para misturar água com o vinho, hábito muito comum dentre os gregos, visto que os mesmos não bebiam água pura.
Na escultura, os gregos se inspiraram nos temas rurais, nos sentimentos humanos, em cenas desportivas e demais aspectos da vida diária. Os escultores que mais se destacaram foram Fídias e Míron.O antropomorfismo - esculturas de formas humanas - dominou o movimento estatuário grego. Além do equilíbrio e perfeição das formas, as estátuas adquiriam movimento.


Arte Rupestre

A arte surgiu há 40 mil anos, no Paleolítico Superior, na maior revolução que o homem já experimentou - a que criou a humanidade. A arte surgiu no meio comportamentos do homem pré-histórico , que inclui técnicas de produção de artefatos, o uso de novas matérias-primas , nascimento de famílias, tipos de moradias e sepultamentos rituais. A produção do homem, pelo menos a que foi encontrada e conservada, é representada por objetos domésticos e religiosos: ferramentas, armas, figuras com simbologias específicas.As áreas da Europa de maior concentração de vestígios pré-históricos correspondem à Espanha, ao centro e ao sul da França e ao sul da Itália. Destaca-se em importância, pela quantidade e qualidade dos achados, as famosas cavernas de Castilho, Altamira e Lascaux, entre outras. Nelas foi descoberta uma quantidade considerável de pinturas rupestres em bom estado de conservação.

Fonte: http://www.spiner.com.br/modules.php?name=arteecultura&file=menu/movimentos/arterupestre

Bauhaus


A Bauhaus foi uma escola alemã de artes visuais e arquitetura, fundada em Weimar pelo arquiteto alemão Walter Gropius (1883-1969). Primeira escola de desenho industrial moderno, funciona de 1919 a 1933 com o objetivo de formar artistas capazes de ligar a arte à produção industrial. A Bauhaus (casa da construção) propõe uma arte funcional, e não apenas decorativa, que atenda às necessidades da sociedade industrial e torne mais harmonioso o cotidiano das pessoas. Posteriormente, o nome passa a identificar toda obra criada de acordo com os princípios da escola.Arte e técnica devem combinar-se em criações que associem harmonicamente pintura, escultura, arquitetura e desenho industrial. Os prédios, construídos de concreto aparente e vidro, são fruto de um planejamento racional, apresentam linhas retas e ambientes claros. Os artistas ligados à Bauhaus concebem, com os mesmos princípios, objetos de uso diário, como móveis, luminárias e até mesmo talheres. Os objetos são desenhados sem adornos, não existem detalhes inúteis ou que dificultem a confecção em série.Como a proposta é superar a distinção entre artesão e artista e ligar o autor à realidade cotidiana, todos os alunos recebem aulas de marcenaria, pintura, escultura, tipografia, trabalham com vidro e outros materiais. Artistas consagrados são professores nesses ateliês, como o suíço Paul Klee (1879-1940) e o russo Vassíli Kandínski (1866-1944).Em 1925, a Bauhaus muda-se de Weimar para Dessau, onde ocupa um edifício de concreto e vidro projetado por Gropius, considerado uma perfeita síntese da filosofia da escola. Em 1932 se transfere para Berlim e um ano depois é fechada pelo governo nazista. Os principais professores migram para os Estados Unidos (EUA), especialmente para Chicago, onde exercem grande influência sobre a arquitetura.

Concretismo

O Concretismo é um movimento de vanguarda na música erudita e nas artes plásticas que surge na Europa nos anos 50. Na literatura, a primeira manifestação oficial se dá no Brasil. O movimento defende a racionalidade e rejeita o Expressionismo, o acaso e a abstração lírica e aleatória. Não há intimismo nas obras, nem preocupação com o tema. A idéia é acabar com a distinção entre forma e conteúdo e criar uma nova linguagem.Na década de 60, poetas e músicos envolvem-se com temas sociais. De modo geral, é uma ligação pessoal, sem destaque na obra, a qual se preocupa mais com a inovação da linguagem. Muitos artistas, porém, defendem a afirmação do poeta russo futurista Vladímir Maiakóvski (1893-1930) de que não há arte revolucionária sem forma revolucionária.O movimento surge oficialmente no cenário artístico internacional em 1954, quando começam a funcionar regularmente os cursos da Escola Superior da Forma em Ulm, na Alemanha. Baseia-se na produção e na teoria de vários artistas ligados ao Abstracionismo geométrico, sobretudo do suíço Max Bill (1908-). Eles exigem racionalidade, desfazem a distinção entre figura e fundo e enfatizam a linguagem do design. Usam régua para conceber as pinturas. As esculturas têm formas geométricas.Nos anos 60, o Concretismo e as tendências do Abstracionismo geométrico originam a op art (arte óptica), uma arte abstrata em que efeitos óticos confundem forma e fundo e distorcem a profundidade. Muitas obras são criadas em preto-e-branco. Várias dependem da luz ambiente e de movimento para produzir os efeitos pretendidos. O nome mais significativo é o do húngaro radicado na França, Victor Vasarely (1908-).Nascida oficialmente no Brasil, com a obra dos poetas Augusto de Campos (1931-), Haroldo de Campos (1929-) e Décio Pignatari (1927-), a poesia concreta alcança expressão também em países europeus, no Japão e nos Estados Unidos (EUA). Caracteriza-se pelo abandono do verso, da importância do tema e da expressão de emoções íntimas. Explora o som e a disposição das letras no papel, em busca de efeito gráfico, eliminando a direção tradicional de leitura. Na composição do texto, podem ser usados vários tipos de letra. Eventualmente a impressão é feita em cores. Entre os precursores da poesia concreta estão os poetas franceses Guillaume Apollinaire (1880-1918), Stéphane Mallarmé (1842-1898), o norte-americano Ezra Pound (1885-1972), os futuristas e os dadaístas.O Concretismo na música aparece em 1948, com Pierre Schaeffer, (1910-1995). As composições são criadas com base nas sucessivas montagens de fitas com sons do cotidiano, como vassouras em fricção no chão, água escorrendo da torneira, barulhos de rua. No início, o Concretismo na música tem caráter aleatório. Depois, adota os critérios rígidos que marcam o movimento nas artes plásticas e na poesia. O resultado é a música eletrônica desenvolvida na Alemanha.O Concretismo nas artes plásticas ganha força após a exposição das obras de Max Bill, vencedor da 1ª Bienal de Artes de São Paulo, em 1951, e do lançamento do manifesto Ruptura no ano seguinte. O líder do movimento é Waldemar Cordeiro (1925-1973). Fazem parte do grupo inicial Geraldo de Barros (1923-1998) e Luís Sacilotto (1924), que também antecipam características da op art.Na literatura, o primeiro número da revista Noigandres, em 1953, marca a união dos criadores da literatura concreta - Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari. Mas só na segunda edição, em 1955, é que se publica o primeiro poema integralmente concreto, Poetamenos, de Augusto de Campos, feito em 1953. Na década de 60, realizam-se experimentações formais com palavras ligadas a problemas sociais. Poetas concretos destacam escritores esquecidos, como é o caso de Sousândrade (1832-1902), e valorizam o trabalho de tradução como uma recriação poética. Exercem também influência sobre compositores ligados ao Tropicalismo. O Concretismo na música é bem recebido no país, mas na época não há estúdio que faça esse tipo de composição.

Fonte: http://www.spiner.com.br/modules.php?name=arteecultura&file=menu/movimentos/concretismo

Cubismo


O Cubismo foi um movimento das artes plásticas, sobretudo da pintura, que a partir do início do século XX rompeu com a perspectiva adotada pela arte ocidental desde o Renascimento. É o mais influente movimento do século passado.No Cubismo, os artistas pintam objetos achatados, e com isso eliminam a ilusão de tridimensionalidade. Revelam, porém, várias faces da figura ao mesmo tempo. Retratam formas geométricas como cubos e cilindros, que fazem parte da estrutura de figuras humanas e de objetos que pintam. Por isso o movimento ganha, numa ironia, o nome de Cubismo. As cores em geral limitam-se a preto, cinza, marrom e ocre.O movimento surge em Paris, em 1907, com a tela "Les Demoiselles d''Avignon", do espanhol Pablo Picasso. Também se destaca o trabalho do ex-fauvista francês Georges Braque (1882-1963). Em ambos é nítida a ascendência da arte africana. O Cubismo é marcado ainda pelo pós-impressionista francês Paul Cézanne, que representa a natureza com formas semelhantes às geométricas.Essa primeira fase, chamada de cézanniana ou protocubista, termina em 1910. Começa então o Cubismo mesmo, conhecido como analítico, no qual a forma do objeto se submete à superfície bidimensional da tela. O resultado final aproxima-se da abstração. Na última etapa, de 1912 a 1914, o Cubismo sintético ou de colagem constrói quadros com jornais, tecidos e objetos, além de com tinta. Os artistas procuram tornar as formas novamente reconhecíveis.O Cubismo manifesta-se também na arquitetura, especialmente na obra de Corbusier, e na escultura. No teatro, restringe-se à pintura de cenários de peças e balés feita por Picasso.O Cubismo só repercute no país após a Semana de Arte Moderna de 1922. Pintar como os cubistas é considerado apenas um exercício técnico. Não há, portanto, cubistas brasileiros, embora quase todos os modernistas sejam contagiados pelo movimento. É o caso de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti.

Expressionismo


O movimento artístico denominado Expressionismo surgiu na Alemanha, na cidade de Dresden, por volta de 1905, em oposição ao Impressionismo e ao cientismo de caráter anti-racionalista. A designação que lhe foi atribuída aplica-se a toda a arte em que se distorce a realidade, dando-lhe uma expressão trágica ou caricatural dos temas, deformando as imagens e empregando cores exuberantes e patéticas, em largas manchas de violento contraste, que lhes permite retratar a violência das paixões e as emoções pessoais e provocar nos espectadores reações da mesma ordem. Os pormenores encontram-se dispostos de uma forma muito ritmada e dinâmica. A noção de perspectiva é substituída pela organização do espaço e pela utilização de cores muito acentuadas que sugerem a profundidade e o modelado. Tenta-se exprimir as forças que agitam ou dilaceram a alma humana e as suas emoções interiores ou até uma visão muito pessoal do artista. É uma forma de expressão muito subjetiva em que os artistas estabelecem uma ligação afetiva com tudo o que representam. As suas obras têm, por isso, um caráter muito emotivo e tenso. Procura-se denunciar a alienação do Homem, a sua profunda solidão, através de uma linguagem imediata, brutal, agressiva, com uma violência quase primitiva, onde se procurava exprimir a angústia que tortura os indivíduos.Os seus seguidores procuravam essa linguagem elementar que devia possuir a força das linguagens primitivas, capaz de expressar as emoções mais profundas do Homem. Importava, antes de tudo, revelar a natureza orgânica dos seres, coisas ou objetos no que eles têm de confuso e irracional. A partir de 1908, os elementos do grupo começaram a abandonar Dresden, mudando-se para Berlim. Os seus trabalhos apresentavam semelhanças tão acentuadas que se tornava difícil distingui-los. Era um estilo monótono e linear de cores fortemente contrastadas. Este estilo foi bastante duradouro, sobretudo na Alemanha.Entre os artistas integrados nesta corrente, que foi especialmente marcado por Edvard Munch, destacam-se também: Otto Dix, Rouault, Soutine, Ludwig Kirchner, Heckel, Schmidt-Rottluff, Nolde, Pechstein, Otto Mueller e Oskar Kokoschk que praticou uma forma de Expressionismo mais independente. O pintor belga James Enson teve também algumas ligações com esta forma de arte, com as suas figuras macabras, encobertas por máscaras carnavalescas. O expressionismo flamengo reflete duas tendências diferentes: uma mística e simbólica representada por A. Servaes e G. van de Woestyne e outra mais sensual, ilustrada por Tytgat, De Smet e Permeke. Um outro expoente máximo do Expressionismo é Pablo Picasso. Este artista, considerado um dos maiores dos artistas contemporâneos, nasceu em Málaga mas mudou-se ainda bastante novo para Barcelona onde iniciou a sua formação. Aos 17 anos já possuía uma técnica perfeita. Em Paris, influenciado por Toulouse-Lautrec, juntamente com Isidro Nonell, o pintor de ciganos, começa por manifestar um estilo sensível e trágico, mas também um pouco romântico, retratando a vida dos pobres (vagabundos, mendigos e saltimbancos). Depois, o seu estilo vai evoluindo para uma arte menos triste e mais terna. Daí as suas obras serem classificadas em vários períodos, de acordo com a cor dominante dos seus quadros ou da tendência seguida, numa sucessão de estilos, cada qual demarcando-se do anterior por uma ruptura e uma mudança radical em que o artista, com uma virtuosa técnica natural, parecia esgotar as possibilidades de cada tema anterior, mesmo antes de se virar para o seguinte: época azul (1901/04), época rosa (1905/07), fase negra (1907/09), fase cubista (1910/16), fase cubista e neo-clássica (1916/24), fase abstrata (1926/36) e fase expressionista (1937/46). A partir de 1907 as suas telas viriam a constituir o ponto de partida duma revolução visual. Picasso, sem abandonar uma certa fidelidade à aparência do real, aos poucos vai se libertando e aproximando do irreal, sobretudo através das cores utilizadas, que procuram traduzir os sentimentos e emoções. Procura então situar as formas no espaço sem recorrer à perspectiva. Em conjunto com o seu amigo Georges Braque inicia uma nova experiência, que irá durar sete anos de trabalho em conjunto, que os levará a ambos à pintura cubista.

Futurismo


O Futurismo foi o movimento artístico e literário iniciado oficialmente em 1909 com a publicação do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Marinetti (1876-1944), no jornal francês Le Figaro. O texto rejeita o moralismo e o passado, exalta a violência e propõe um novo tipo de beleza, baseado na velocidade. O apego do futurismo ao novo é tão grande que chega a defender a destruição de museus e de cidades antigas. Agressivo e extravagante, encara a guerra como forma de higienizar o mundo.O Futurismo produz mais manifestos - cerca de 30, de 1909 a 1916 - que obras, embora esses textos também sejam considerados expressões artísticas. Há enorme repercussão, principalmente na França e na Itália, onde vários artistas, entre eles Marinetti, se identificam com o fascismo nascente. Após a Primeira Guerra Mundial, o movimento entra em decadência, mas seu espírito influencia o Dadá.Nas artes plásticas, as obras refletem o mesmo ritmo e espírito da sociedade industrial. Para expressar velocidade na pintura, os artistas recorrem à repetição dos traços das figuras. Se querem mostrar muitos acontecimentos ao mesmo tempo, adaptam técnicas do Cubismo. Na escultura, os futuristas fazem trabalhos experimentais com vidro e papel e seu expoente é o pintor e escultor italiano Umberto Boccioni (1882-1916). Sua escultura Formas Únicas na Continuidade do Espaço (1913) - interseção de inúmeros volumes distorcidos - é uma das obras emblemáticas do Futurismo. Nela se capta a idéia de movimento e de força.Preocupados com a interação entre as artes, alguns pintores e escultores se aproximam da música e do teatro. O pintor italiano Luigi Russolo (1885-1947), por exemplo, cria instrumentos musicais e os utiliza em apresentações públicas.Na Rússia, o Futurismo tem papel importante na preparação da Revolução Russa (1917) e caracteriza as pinturas de Lariónov (1881-1964) e Gontcharova (1881-1962).NA literatura, as principais manifestações ocorrem na poesia italiana. Sempre a serviço de causas políticas, a primeira antologia sai em 1912. O texto é marcado pela destruição da sintaxe, dos conectivos e da pontuação, substituída por símbolos matemáticos e musicais. A linguagem é espontânea e as frases são fragmentadas para expressar velocidade. Os autores abolem os temas líricos e incorporam à poesia palavras ligadas à tecnologia. As idéias de Marinetti, mais atuante como teórico que como poeta, influenciam o poeta cubista francês Guillaume Apollinaire (1880-1918).Na Rússia, o Futurismo se expressa basicamente na literatura - enquanto os autores italianos se identificam com o fascismo, os russos aliam-se à esquerda. Vladímir Maiakóvski (1893-1930), o poeta da Revolução Russa, aproxima a poesia do povo. Viktor Khlébnikov (1885-1922) é outro poeta de destaque.No teatro, introduz a tecnologia nos espetáculos e tenta interagir com o público. O manifesto de Marinetti sobre teatro, de 1915, defende representações de apenas dois ou três minutos, um pequeno texto, ou nenhum texto, vários objetos em cena e poucos atores.As experiências na Itália concentram-se no teatro experimental fundado em 1922 pelo italiano Anton Giulio Bragaglia (1890-1960). Marinetti também publica uma obra dramática em 1920, Elettricità Sensuale, mesmo título de uma peça sua escrita em 1909.No Brasil, o movimento colabora para desencadear o Modernismo, que dominou as artes após a Semana de Arte Moderna de 1922. Os modernistas usam algumas das técnicas do Futurismo e discutem suas idéias, mas rejeitam o rótulo, identificado com o fascista Marinetti.

Maneirismo


O movimento artístico chamado de Maneirismo é utilizado para indicar a arte realizada na Itália um determinado período que compreende o Renascimento e o Barroco, aproximadamente de 1520 a 1600. O termo deriva de maniera (maneira), em italiano, e foi empregado pelo historiador Vasari (1511-1574) no século XVI como um sinônimo para o que hoje chamamos de estilo.Vasari via a arte renascentista, especialmente Michelangelo, como o ápice de toda a história da arte. Os sucessores do escultor florentino apenas poderiam, na visão deste historiador, copiar as criações geniais da arte do Renascimento. Com isso, o Maneirismo entrou na história da arte posterior visto como um período de decadência criativa.Muitas obras maneiristas, de fato, carecem de engenho e vivacidade, entretanto, a crítica de arte mais atual soube mostrar como os maneiristas, ao invés de copiar os gigantes do renascimento, haviam criado uma linguagem totalmente diferente e valorosa em si.Complexo fenômeno cultural, formalmente podemos definir o Maneirismo como a arte que comporta as qualidades de graça, leveza, simplicidade e sofisticação. Suas composições são tão complexas quanto, mas sem aquela unidade coesa das obras barrocas. Algumas vezes frívolas e superficiais, as pinturas maneiristas mais são veículo de intrincadas simbologias do que de emoção.

Modernismo


O Modernismo foi uma tendência vanguardista que rompeu com padrões rígidos e caminhou para uma criação mais livre, surgida internacionalmente nas artes plásticas e na literatura no final do século XIX e início do século XX. Foi uma reação às escolas artísticas do passado. Como resultado, desenvolveram-se novos estilos, entre eles o Expressionismo, o Cubismo, o Dadá, o Surrealismo e o Futurismo.No Brasil, o termo identifica o movimento desencadeado pela Semana de Arte Moderna de 1922. De 11 a 18 de fevereiro daquele ano, conferências, recitais de música, declamações de poesia e exposição de quadros, realizados no Teatro Municipal de São Paulo, apresentam ao público as novas tendências das artes do país. Seus idealizadores rejeitam a arte do século XIX e as influências estrangeiras do passado. Defendem a assimilação das estéticas internacionais para mesclá-las com a cultura nacional, o que dá origem a uma arte vinculada à realidade brasileira.A partir da Semana de 22 surgem vários grupos e movimentos, que radicalizam ou se opõem a seus princípios básicos. O escritor Oswald de Andrade e a artista plástica Tarsila do Amaral publicam em 1924 o Manifesto da Poesia Pau-Brasil, que enfatiza a necessidade de criar uma arte baseada nas características do povo brasileiro, com absorção crítica da modernidade européia. Em 1928 levam ao extremo essas idéias com o Manifesto Antropofágico, que propõe "devorar" influências estrangeiras para impor o caráter brasileiro à arte e à literatura. Por outro caminho, mais conservador, segue o grupo da Anta, liderado pelo escritor Menotti del Picchia (1892-1988) e pelo poeta Cassiano Ricardo (1895-1974). Em um movimento chamado de verde-amarelismo, fecham-se às vanguardas européias e aderem a idéias políticas que prenunciam o integralismo, versão brasileira do fascismo. O principal veículo das idéias modernistas é a revista Klaxon, lançada em maio de 1922.Na área das artes plásticas, uma das primeiras exposições de arte moderna no Brasil é realizada em 1913 pelo pintor de origem lituana Lasar Segall. Suas telas chocam, mas as reações são amenizadas pelo fato de o artista ser estrangeiro. Em 1917, Anita Malfatti faz a que é considerada de fato a primeira mostra modernista brasileira. Apresenta telas influenciadas pelo Cubismo, Expressionismo, Fauvismo e Futurismo que causam escândalo, entre elas A Mulher de Cabelos Verdes.Distantes da preocupação com a realidade brasileira, mas muito identificados com a arte moderna e inspirados pelo Dadá, estão os pintores Ismael Nery e Flávio de Carvalho (1899-1973). Na pintura merecem destaque ainda Regina Graz (1897-1973), John Graz (1891-1980), Cícero Dias (1908-) e Vicente do Rego Monteiro (1899-1970).Di Cavalcanti retrata a população brasileira, sobretudo as classes sociais menos favorecidas. Mescla elementos realistas, cubistas e futuristas, como em Cinco Moças de Guaratinguetá. Outro artista modernista dedicado a representar o homem do povo é Candido Portinari, que recebe influência do Expressionismo. Entre seus trabalhos importantes estão as telas Café e Os Retirantes.
No final dos anos 20 e início da década de 30 começam a se aproximar do movimento artistas mais preocupados com o aspecto plástico da pintura. Utilizam cores menos gritantes e composição mais equilibrada. Entre eles destacam-se Alberto Guignard (1896-1962), Alfredo Volpi, depois ligado à abstração, e Francisco Rebolo (1903-1980).O Modernismo enfraquece a partir dos anos 40, quando o Abstracionismo chega com mais força ao país. Seu final acontece nos anos 50, com a criação das bienais, que promovem a internacionalização da arte brasileira.Na literatura, uma das principais inovações modernistas é a abordagem de temas do cotidiano, com ênfase na realidade brasileira e nos problemas sociais. O tom é combativo. O texto liberta-se da linguagem culta e passa a ser mais coloquial, com admissão de gírias. Nem sempre as orações seguem uma seqüência lógica e o humor costuma estar presente. Objetividade e concisão são características marcantes. Na poesia, os versos tornam-se livres, e deixa de ser obrigatório o uso de rimas ricas e métricas perfeitas.Os autores mais importantes são Oswald de Andrade e Mário de Andrade, os principais teóricos do movimento. Destacam-se ainda Menotti del Picchia e Graça Aranha (1868-1931). Oswald de Andrade várias vezes mescla poesia e prosa, como em Serafim Ponte Grande. Outra de suas grandes obras é Pau-Brasil. O primeiro trabalho modernista de Mário de Andrade é o livro de poemas Paulicéia Desvairada. Sua obra-prima é o romance Macunaíma, que usa fragmentos de mitos de diferentes culturas para compor uma imagem de unidade nacional. Embora muito ligada ao simbolismo, a poesia de Manuel Bandeira também exibe traços modernistas, como em Libertinagem.
O Modernismo vive uma segunda fase a partir de 1930, quando é lançado Alguma Poesia, de Carlos Drummond de Andrade. Os temas sociais ganham destaque e o regionalismo amplia sua temática.A terceira fase do movimento começa em 1945. Os poetas retomam alguns aspectos do Parnasianismo, como Lêdo Ivo (Acontecimento do Soneto). João Cabral de Melo Neto (Morte e Vida Severina) destaca-se pela inventividade verbal e pelo engajamento político. Na prosa, os nomes mais importantes são Guimarães Rosa (Grande Sertão: Veredas) e Clarice Lispector (Perto do Coração Selvagem).Na música, o Modernismo dá prosseguimento às mudanças iniciadas com o Impressionismo e o Expressionismo, rompendo ainda mais com o sistema tonal (música estruturada a partir da escolha de uma das 12 notas da escala como a principal). Os movimentos musicais modernistas são o Dodecafonismo, o Neoclassicismo e as escolas nacionais (que exploram o folclore de cada país), predominantes internacionalmente de 1910 a 1950.Heitor Villa-Lobos é o principal compositor no Brasil e consolida a linguagem musical nacionalista. Para dar às criações um caráter brasileiro, busca inspiração no folclore e incorpora elementos das melodias populares e indígenas. O canto de pássaros brasileiros aparece em Bachianas Nº 4 e Nº 7. Em O Trenzinho Caipira, Villa-Lobos reproduz a sonoridade de uma maria-fumaça e, em Choros Nº 8, busca imitar o som de pessoas numa rua. Nos anos 30 e 40, sua estética serve de modelo para compositores como Francisco Mignone (1897-1986), Lorenzo Fernandez (1897-1948), Radamés Gnattali (1906-1988) e Camargo Guarnieri (1907-1993).
O Modernismo influencia tardiamente a produção teatral. Só em 1927 começam as inovações nos palcos brasileiros. Naquele ano, o Teatro de Brinquedo, grupo experimental liderado pelo dramaturgo e poeta Álvaro Moreyra (1888-1965), monta Adão, Eva e Outros Membros da Família. A peça, em linguagem coloquial e influenciada pelo marxismo, põe pela primeira vez em cena dois marginais: um mendigo e um ladrão.Ainda na década de 20 são fundadas as primeiras companhias de teatro no país, em torno de atores como Leopoldo Fróes (1882-1932), Procópio Ferreira (1898-1979), Dulcina de Moraes (1908-1996) e Jaime Costa (1897-1967). Defendem uma dicção brasileira para os atores, até então submetidos ao sotaque e à forma de falar de Portugal. Também inovam ao incluir textos estrangeiros com maior ousadia psicológica e visão mais complexa do ser humano.


Neo-Classicismo

Tendência artística de recuperação de formas e valores greco-romanos da Antiguidade Clássica desenvolvida na segunda metade do século XVIII. Surge na Itália, Alemanha e França e se espalha por outros países europeus e pelos Estados Unidos (EUA), com repercussão no Brasil. Pela segunda vez na história, artistas buscam inspiração nos padrões estéticos gregos e romanos. Do século XIV ao século XVI, essa tendência originou o classicismo, uma reação à religiosidade e à subjetividade da arte medieval. Já o neoclassicismo se opõe ao exagero emocional do barroco e à sua ligação com a Monarquia absolutista. Baseia-se na visão científica de mundo vigente em meados do século XVIII e nas idéias racionalistas do iluminismo e da Revolução Francesa.A música vive esse movimento de modo defasado em relação às artes plásticas, à literatura e ao teatro. Nessa época, na segunda metade do século XVIII, os músicos vivem o período clássico. O que se denomina de neoclassicismo musical só acontecerá no início do século XX.Artes plásticasA arte neoclássica busca inspiração no equilíbrio e na simplicidade, bases da criação na Antiguidade. Uma amostra de pintura neoclássica nesse período é O Juramento dos Horácios, do francês Jacques-Louis David (1748-1825). Outro pintor de destaque é Dominique Ingres (1780-1867), de A Banhista de Valpinçon. Entre os italianos, sobressai Tiepolo (1696-1770). Na escultura, domina o italiano Antonio Canova (1757-1822), que retrata personagens contemporâneos como divindades mitológicas - Pauline Borghese como Vênus é um exemplo.LiteraturaOs textos empregam linguagem clara, sintética, gramaticalmente correta e nobre. A forma liberta-se um pouco do rigor do classicismo anterior. A principal expressão do movimento na literatura é o arcadismo, manifestado na Itália, em Portugal e no Brasil.Na França, os novos ideais iluministas são a base dos textos. Os principais autores são Montesquieu (1689-1755) e Voltaire. O primeiro é autor, entre outras, da obra Do Espírito das Leis. Voltaire experimenta vários gêneros: tragédia (A Morte de César), poesia (Discurso sobre o Homem), contos fantásticos (Zadig) e romance de fundo moral (Cândido). No final do século, uma visão crítica da aristocracia é dada por Choderlos de Laclos (1741-1803), em As Relações Perigosas, e pelos romances eróticos do marquês de Sade (1740-1814) e de Restif de la Bretonne (1734-1806). Na Inglaterra destacam-se Robinson Crusoe, de Daniel Defoe (1660-1731), e As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift (1667-1731).MúsicaO nome neoclassicismo é adotado pela música em 1918. Na época, o mundo das artes vivia o que genericamente se chamava de modernismo. A música neoclássica exibe muitas ornamentações e passagens melódicas singelas. A linguagem musical é simplificada, para ser ouvida pelo público não especializado.O precursor do neoclassicismo é o russo Ígor Stravínski (1882-1971). Ele explora melodias do passado medieval, da música do Renascimento, de canções populares e do jazz norte-americano, como na peça A História de um Soldado.O neoclassicismo repercute na França, nos EUA, na Alemanha e na Rússia. Neste último país, destaca-se o compositor Prokófiev (1891-1953), internacionalmente conhecido por Pedro e o Lobo, obra orquestral com narração dirigida ao público infantil, e por sua parceria com o cineasta russo Serguei Eisenstein (1898-1948) no filme Alexandre Nevski.TeatroA racionalidade predomina, revalorizam-se o texto e a linguagem poética. A tragédia mantém o padrão solene da Antiguidade. Entre os principais autores está Voltaire. A comédia revitaliza-se com o francês Pierre Marivaux (1688-1763), autor de O Jogo do Amor e do Acaso. Os italianos Carlo Goldoni (1707-1793), de A Viúva Astuciosa, e Carlo Gozzi (1720-1806), de O Amor de Três Laranjas, estão entre os principais dramaturgos do gênero. Outro importante autor de comédias é o francês Caron de Beaumarchais (1732-1799), de O Barbeiro de Sevilha e de Bodas de Fígaro, retratos da decadência do Antigo Regime e uma inspiração para as óperas de Mozart (1756-1791) e Rossini (1792-1868).Numa linha que prenuncia o romantismo, trabalha o dramaturgo e filósofo francês Denis Diderot (1713-1784), um dos organizadores da Enciclopédia. Entre suas peças se destaca O Filho Natural. O italiano Metastasio (1698-1782) aproxima o teatro da música, como no melodrama A Olimpíada.Neoclassicismo no BrasilNas artes plásticas, no início do século XIX o espírito do neoclassicismo inspira a Missão Artística Francesa, encarregada por dom João VI de fundar a Academia Imperial de Belas-Artes. No país, a tendência torna-se visível na arquitetura. Seu expoente é Grandjean de Montigny (1776-1850), que chega com a Missão Francesa. Suas obras, como a sede da reitoria da Pontifícia Universidade Católica no Rio de Janeiro, adaptam a estética neoclássica ao clima tropical. Na pintura, a influência neoclássica está submetida ao romantismo. A composição e o desenho seguem os padrões de sobriedade e equilíbrio, mas o colorido reflete a dramaticidade romântica. Um exemplo é Flagelação de Cristo, de Vítor Meirelles (1832-1903).Na literatura, a principal expressão é o arcadismo, caracterizado por um estilo mais simples e objetivo e pela temática voltada para a natureza. Na música, a obra de Heitor Villa-Lobos exibe traços neoclássicos, como os fraseados melódicos da série Bachianas Brasileiras.

Fonte: http://www.spiner.com.br/modules.php?name=arteecultura&file=menu/movimentos/neoclassicismo

Neo-Realismo

Movimento cinematográfico nascido na Itália, em plena II Guerra Mundial, como um desenvolvimento do cinema realista. Dura até meados dos anos 50. Caracteriza-se pelo engajamento político e pela posição antifascista e rejeita as produções de entretenimento nos moldes das realizadas em Hollywood. Inova nos temas por tratar criticamente o cotidiano do proletariado, de camponeses e da baixa classe média, marcado por desemprego, fome e outras dificuldades enfrentadas no período de guerra e nos anos seguintes.ara mostrar que os problemas coletivos não podem ser resolvidos na individualidade, a figura do herói é eliminada - ou reduzida -, e não existe final feliz. O movimento revoluciona ainda a linguagem ao substituir produções de estúdio com estrelas do cinema e cenários elaborados por filmagens externas, geralmente nas ruas, com atores pouco conhecidos ou não profissionais. O uso de mínimos recursos também é uma saída para produzir filmes na pobreza do pós-guerra. A decisão de abandonar o suspense, a aventura e o artificialismo para retratar o cotidiano é a principal contribuição do Neo-realismo ao cinema moderno.O termo Neo-realismo surge em 1942 para definir Obsessão, filme de Luchino Visconti (1906-1976) considerado a obra inaugural do gênero. Mas é Roma, Cidade Aberta (1945), de Roberto Rosselini (1906-1977), que alcança repercussão internacional. Paisà (1946) e Alemanha, Ano Zero (1947), dirigidos por Rossellini, também são marcos do movimento. Vittorio De Sica (1901-1974), outro expoente do neo-realismo, faz em 1948 Ladrões de Bicicletas, que trata do desemprego e da solidariedade na história de um operário que depende de sua bicicleta para trabalhar. Dirige também Milagre em Milão (1950) e Umberto D (1951).Enfraquecido pela invasão das produções de Hollywood, o gênero perde força na Itália, mas exerce grande influência na cinematografia posterior de vários países. Na própria Itália influi na obra de Federico Fellini (1920-1933) e de Michelangelo Antonioni (1912-). No Japão marca cineastas como Akira Kurosawa (1910-1998), em Ralé (1957), e Nagisa Oshima (1932-), em Uma Cidade de Amor e Esperança (1959). No Brasil, o Neo-realismo inspira filmes como Rio, Quarenta Graus (1955) e Rio, Zona Norte (1957), de Nelson Pereira dos Santos (1928-).
Distantes da preocupação com a realidade brasileira, mas muito identificados com a arte moderna e inspirados pelo Dadá, estão os pintores Ismael Nery e Flávio de Carvalho (1899-1973). Na pintura merecem destaque ainda Regina Graz (1897-1973), John Graz (1891-1980), Cícero Dias (1908-) e Vicente do Rego Monteiro (1899-1970).Di Cavalcanti retrata a população brasileira, sobretudo as classes sociais menos favorecidas. Mescla elementos realistas, cubistas e futuristas, como em Cinco Moças de Guaratinguetá. Outro artista modernista dedicado a representar o homem do povo é Candido Portinari, que recebe influência do Expressionismo. Entre seus trabalhos importantes estão as telas Café e Os Retirantes.
Os autores mais importantes são Oswald de Andrade e Mário de Andrade, os principais teóricos do movimento. Destacam-se ainda Menotti del Picchia e Graça Aranha (1868-1931). Oswald de Andrade várias vezes mescla poesia e prosa, como em Serafim Ponte Grande. Outra de suas grandes obras é Pau-Brasil. O primeiro trabalho modernista de Mário de Andrade é o livro de poemas Paulicéia Desvairada. Sua obra-prima é o romance Macunaíma, que usa fragmentos de mitos de diferentes culturas para compor uma imagem de unidade nacional. Embora muito ligada ao simbolismo, a poesia de Manuel Bandeira também exibe traços modernistas, como em Libertinagem.
Heitor Villa-Lobos é o principal compositor no Brasil e consolida a linguagem musical nacionalista. Para dar às criações um caráter brasileiro, busca inspiração no folclore e incorpora elementos das melodias populares e indígenas. O canto de pássaros brasileiros aparece em Bachianas Nº 4 e Nº 7. Em O Trenzinho Caipira, Villa-Lobos reproduz a sonoridade de uma maria-fumaça e, em Choros Nº 8, busca imitar o som de pessoas numa rua. Nos anos 30 e 40, sua estética serve de modelo para compositores como Francisco Mignone (1897-1986), Lorenzo Fernandez (1897-1948), Radamés Gnattali (1906-1988) e Camargo Guarnieri (1907-1993).
Ainda na década de 20 são fundadas as primeiras companhias de teatro no país, em torno de atores como Leopoldo Fróes (1882-1932), Procópio Ferreira (1898-1979), Dulcina de Moraes (1908-1996) e Jaime Costa (1897-1967). Defendem uma dicção brasileira para os atores, até então submetidos ao sotaque e à forma de falar de Portugal. Também inovam ao incluir textos estrangeiros com maior ousadia psicológica e visão mais complexa do ser humano.

Fonte: http://www.spiner.com.br/modules.php?name=arteecultura&file=menu/movimentos/neorealismo

Parnasianismo

Escola literária que se desenvolve na poesia a partir de 1850. Nasce na França e precede em algumas décadas o Simbolismo. O nome do movimento vem de Parnaso, região mitológica grega onde moravam os poetas. O estilo caracteriza-se pelo respeito às regras de versificação, pela riqueza da rima e pela preferência por estruturas fixas, como os sonetos. Valoriza a descrição objetiva, a escolha de palavras precisas e as frases invertidas. O emprego da linguagem figurada é reduzido e valorizam-se o exotismo e a mitologia. Os principais temas são os fatos históricos, os objetos e as paisagens.O primeiro grupo de parnasianos de língua francesa reúne poetas de diversas tendências, mas com um denominador comum: a rejeição ao lirismo. Os principais expoentes são Théophile Gautier (1811-1872), Leconte de Lisle (1818-1894), Théodore de Banville (1823-1891) e José Maria de Heredia (1842-1905), de origem cubana.
Distantes da preocupação com a realidade brasileira, mas muito identificados com a arte moderna e inspirados pelo Dadá, estão os pintores Ismael Nery e Flávio de Carvalho (1899-1973). Na pintura merecem destaque ainda Regina Graz (1897-1973), John Graz (1891-1980), Cícero Dias (1908-) e Vicente do Rego Monteiro (1899-1970).Di Cavalcanti retrata a população brasileira, sobretudo as classes sociais menos favorecidas. Mescla elementos realistas, cubistas e futuristas, como em Cinco Moças de Guaratinguetá. Outro artista modernista dedicado a representar o homem do povo é Candido Portinari, que recebe influência do Expressionismo. Entre seus trabalhos importantes estão as telas Café e Os Retirantes.
Os autores mais importantes são Oswald de Andrade e Mário de Andrade, os principais teóricos do movimento. Destacam-se ainda Menotti del Picchia e Graça Aranha (1868-1931). Oswald de Andrade várias vezes mescla poesia e prosa, como em Serafim Ponte Grande. Outra de suas grandes obras é Pau-Brasil. O primeiro trabalho modernista de Mário de Andrade é o livro de poemas Paulicéia Desvairada. Sua obra-prima é o romance Macunaíma, que usa fragmentos de mitos de diferentes culturas para compor uma imagem de unidade nacional. Embora muito ligada ao simbolismo, a poesia de Manuel Bandeira também exibe traços modernistas, como em Libertinagem.
Heitor Villa-Lobos é o principal compositor no Brasil e consolida a linguagem musical nacionalista. Para dar às criações um caráter brasileiro, busca inspiração no folclore e incorpora elementos das melodias populares e indígenas. O canto de pássaros brasileiros aparece em Bachianas Nº 4 e Nº 7. Em O Trenzinho Caipira, Villa-Lobos reproduz a sonoridade de uma maria-fumaça e, em Choros Nº 8, busca imitar o som de pessoas numa rua. Nos anos 30 e 40, sua estética serve de modelo para compositores como Francisco Mignone (1897-1986), Lorenzo Fernandez (1897-1948), Radamés Gnattali (1906-1988) e Camargo Guarnieri (1907-1993).
Ainda na década de 20 são fundadas as primeiras companhias de teatro no país, em torno de atores como Leopoldo Fróes (1882-1932), Procópio Ferreira (1898-1979), Dulcina de Moraes (1908-1996) e Jaime Costa (1897-1967). Defendem uma dicção brasileira para os atores, até então submetidos ao sotaque e à forma de falar de Portugal. Também inovam ao incluir textos estrangeiros com maior ousadia psicológica e visão mais complexa do ser humano.

Fonte: http://www.spiner.com.br/modules.php?name=arteecultura&file=menu/movimentos/parnasianismo

Primitivismo

O Primitivismo foi um tipo de pintura desenvolvida por artistas de origem popular, com pouca ou nenhuma formação técnica, desvinculada de padrões acadêmicos e de preocupações estéticas ou temáticas vanguardistas. Refere-se a telas consideradas ingênuas e exóticas. O rótulo surge em 1886, na França, por iniciativa de artistas e intelectuais que, interessados em renovar a arte erudita, enaltecem criações populares européias e de outras civilizações. Por ter formação erudita, chamam os outros de "primitivos". No século XX, a mesma preocupação leva artistas expressionistas e surrealistas a resgatar produções visuais de crianças e doentes mentais. No Brasil, nos anos de 1930 e 1940, artistas ligados ao Modernismo valorizam a produção de pintores populares. Cardosinho (1861-1947), português residente no Rio de Janeiro, é incentivado por Candido Portinari. Sua tela Palhaço, sem preocupação com as regras de proporção, exibe um palhaço com cabeça enorme cercado de pessoas muito pequenas. Nos anos 40, os modernistas descobrem artistas depois considerados símbolos da arte "primitiva" no país: Djanira (1914-1979), José Antônio da Silva (1909-), Francisco da Silva (1910-) e Heitor dos Prazeres (1898-1967). A crítica é atraída não apenas pela liberdade no uso das cores e na composição dos planos, mas também pela temática, ligada à cultura popular. Em sua tela Cafezal (1952), Djanira retrata com cores vibrantes uma cena de trabalhadores numa plantação de café. Em uma tela sem título de 1966, Francisco da Silva exibe animais fantásticos com cores intensas. Waldomiro de Deus e Mestre Vitalino (Vitalino Pereira dos Santos, 1909-1963) também são considerados primitivos e suas obras têm estreita ligação com o artesanato popular.
Distantes da preocupação com a realidade brasileira, mas muito identificados com a arte moderna e inspirados pelo Dadá, estão os pintores Ismael Nery e Flávio de Carvalho (1899-1973). Na pintura merecem destaque ainda Regina Graz (1897-1973), John Graz (1891-1980), Cícero Dias (1908-) e Vicente do Rego Monteiro (1899-1970).Di Cavalcanti retrata a população brasileira, sobretudo as classes sociais menos favorecidas. Mescla elementos realistas, cubistas e futuristas, como em Cinco Moças de Guaratinguetá. Outro artista modernista dedicado a representar o homem do povo é Candido Portinari, que recebe influência do Expressionismo. Entre seus trabalhos importantes estão as telas Café e Os Retirantes.
Os autores mais importantes são Oswald de Andrade e Mário de Andrade, os principais teóricos do movimento. Destacam-se ainda Menotti del Picchia e Graça Aranha (1868-1931). Oswald de Andrade várias vezes mescla poesia e prosa, como em Serafim Ponte Grande. Outra de suas grandes obras é Pau-Brasil. O primeiro trabalho modernista de Mário de Andrade é o livro de poemas Paulicéia Desvairada. Sua obra-prima é o romance Macunaíma, que usa fragmentos de mitos de diferentes culturas para compor uma imagem de unidade nacional. Embora muito ligada ao simbolismo, a poesia de Manuel Bandeira também exibe traços modernistas, como em Libertinagem.
Heitor Villa-Lobos é o principal compositor no Brasil e consolida a linguagem musical nacionalista. Para dar às criações um caráter brasileiro, busca inspiração no folclore e incorpora elementos das melodias populares e indígenas. O canto de pássaros brasileiros aparece em Bachianas Nº 4 e Nº 7. Em O Trenzinho Caipira, Villa-Lobos reproduz a sonoridade de uma maria-fumaça e, em Choros Nº 8, busca imitar o som de pessoas numa rua. Nos anos 30 e 40, sua estética serve de modelo para compositores como Francisco Mignone (1897-1986), Lorenzo Fernandez (1897-1948), Radamés Gnattali (1906-1988) e Camargo Guarnieri (1907-1993).
Ainda na década de 20 são fundadas as primeiras companhias de teatro no país, em torno de atores como Leopoldo Fróes (1882-1932), Procópio Ferreira (1898-1979), Dulcina de Moraes (1908-1996) e Jaime Costa (1897-1967). Defendem uma dicção brasileira para os atores, até então submetidos ao sotaque e à forma de falar de Portugal. Também inovam ao incluir textos estrangeiros com maior ousadia psicológica e visão mais complexa do ser humano

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Regionalismo

O Regionalismo foi uma tendência do Romantismo que se iniciou na literatura no século XIX. Representa tipos e cenas do interior do país, integrando-os à cultura nacional. Entre as principais obras regionalistas do período romântico estão O Sertanejo, de José de Alencar; Inocência, de Visconde de Taunay (1843-1899); e A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães (1825-1884).Com o desenvolvimento do Naturalismo, no final do século XIX, o Regionalismo se consolida. O cotidiano rural do Sul e do Nordeste é tema dos romances, que adotam também o modo de falar de cada região. Afonso Arinos (1868-1916), autor de Pelo Sertão, é considerado o principal nome do período. Outro escritor importante é Simões Lopes Neto (1865-1916), de Contos Gauchescos. Essa tendência é contemporânea dos pré-modernistas Euclides da Cunha, que escreve o livro-reportagem Os Sertões, sobre Canudos, e Monteiro Lobato, de Cidades Mortas, que trata da realidade do interior de São Paulo. A partir da década de 20, ao estimular a produção de uma literatura ligada à realidade do país, o Modernismo dá novo impulso ao Regionalismo. Em 1928, o sociólogo Gilberto Freyre lança o Manifesto Regionalista, que exalta a cultura regional e é contra a importação de manifestações artísticas européias. O movimento se renova com a obra de Jorge Amado, Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos, José Lins do Rego (1901-1957) e Érico Veríssimo. Na década de 50 destacam-se Mário Palmério, Bernardo Élis e Josué Montello, entre outros.
Distantes da preocupação com a realidade brasileira, mas muito identificados com a arte moderna e inspirados pelo Dadá, estão os pintores Ismael Nery e Flávio de Carvalho (1899-1973). Na pintura merecem destaque ainda Regina Graz (1897-1973), John Graz (1891-1980), Cícero Dias (1908-) e Vicente do Rego Monteiro (1899-1970).Di Cavalcanti retrata a população brasileira, sobretudo as classes sociais menos favorecidas. Mescla elementos realistas, cubistas e futuristas, como em Cinco Moças de Guaratinguetá. Outro artista modernista dedicado a representar o homem do povo é Candido Portinari, que recebe influência do Expressionismo. Entre seus trabalhos importantes estão as telas Café e Os Retirantes.
Os autores mais importantes são Oswald de Andrade e Mário de Andrade, os principais teóricos do movimento. Destacam-se ainda Menotti del Picchia e Graça Aranha (1868-1931). Oswald de Andrade várias vezes mescla poesia e prosa, como em Serafim Ponte Grande. Outra de suas grandes obras é Pau-Brasil. O primeiro trabalho modernista de Mário de Andrade é o livro de poemas Paulicéia Desvairada. Sua obra-prima é o romance Macunaíma, que usa fragmentos de mitos de diferentes culturas para compor uma imagem de unidade nacional. Embora muito ligada ao simbolismo, a poesia de Manuel Bandeira também exibe traços modernistas, como em Libertinagem.
Heitor Villa-Lobos é o principal compositor no Brasil e consolida a linguagem musical nacionalista. Para dar às criações um caráter brasileiro, busca inspiração no folclore e incorpora elementos das melodias populares e indígenas. O canto de pássaros brasileiros aparece em Bachianas Nº 4 e Nº 7. Em O Trenzinho Caipira, Villa-Lobos reproduz a sonoridade de uma maria-fumaça e, em Choros Nº 8, busca imitar o som de pessoas numa rua. Nos anos 30 e 40, sua estética serve de modelo para compositores como Francisco Mignone (1897-1986), Lorenzo Fernandez (1897-1948), Radamés Gnattali (1906-1988) e Camargo Guarnieri (1907-1993).
Ainda na década de 20 são fundadas as primeiras companhias de teatro no país, em torno de atores como Leopoldo Fróes (1882-1932), Procópio Ferreira (1898-1979), Dulcina de Moraes (1908-1996) e Jaime Costa (1897-1967). Defendem uma dicção brasileira para os atores, até então submetidos ao sotaque e à forma de falar de Portugal. Também inovam ao incluir textos estrangeiros com maior ousadia psicológica e visão mais complexa do ser humano.

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Romantismo


Tendência que se manifesta nas artes e na literatura do final do século XVIII até o fim do século XIX. Nasce na Alemanha, na Inglaterra e na Itália, mas é na França que ganha força e de lá se espalha pela Europa e pelas Américas. Opõe-se ao racionalismo e ao rigor do Neoclassicismo. Caracteriza-se por defender a liberdade de criação e privilegiar a emoção. As obras valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a religiosidade cristã, a natureza, os temas nacionais e o passado. A tendência é influenciada pela tese do filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) de que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Também está impregnada de ideais de liberdade da Revolução Francesa (1789).Nas artes plásticas, o Romantismo chega à pintura no início do século XIX. Na Espanha, o principal expoente é Francisco Goya (1746-1828). Na França destaca-se Eugène Delacroix (1798-1863), com sua obra Dante e Virgílio. Na Inglaterra, o interesse pelos fenômenos da natureza em reação à urbanização e à Revolução Industrial é visto como um traço romântico de naturalistas como John Constable (1776-1837). O romantismo na Alemanha produz obras de apelo místico, como as paisagens de Caspar David Friedrich (1774-1840).Na área literária, a poesia lírica é a principal expressão. Também são freqüentes os romances. Frases diretas, vocábulos estrangeiros, metáforas, personificação e comparação são características marcantes. Amores irrealizados, morte e fatos históricos são os principais temas. Um dos marcos da literatura romântica é Cantos e Inocência (1789), do poeta inglês William Blake (1757-1827). O livro de poemas Baladas Líricas, do inglês William Wordsworth (1770-1850), é uma espécie de manifesto do movimento. O poeta fundamental do Romantismo inglês é Lord Byron (1788-1824). Na linha do romance histórico, o principal nome é o escocês Walter Scott (1771-1832). Na Alemanha, o expoente é Goethe (1749-1832), autor de Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto.O Romantismo impõe-se na França no fim da década de 1820 com Victor Hugo (1802-1885), autor de Os Miseráveis. Outro dramaturgo e escritor francês importante é Alexandre Dumas (1802-1870), autor de Os Três Mosqueteiros.Em relação a música, os compositores buscam liberdade de expressão. Para isso, flexibilizam a forma e valorizam a emoção. Exploram as potencialidades da orquestra e também cultivam a interpretação solo. Resgatam temas populares e folclóricos, que dão ao romantismo caráter nacionalista.A transição do Classicismo musical, que acontece já no século XVIII, para o Romantismo é representada pela última fase da obra do compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827). Nas sonatas e em seus últimos quartetos de cordas, começa a se fortalecer o virtuosismo. De suas nove sinfonias, a mais conhecida e mais típica do Romantismo é a nona. As tendências românticas consolidam-se depois com Carl Maria von Weber (1786-1826) e Franz Schubert (1797-1828).O apogeu, em meados do século XIX, é atingido principalmente com Felix Mendelssohn (1809-1847), autor de Sonho de uma Noite de Verão, Hector Berlioz (1803-1869), Robert Schumann (1810-1856), Frédéric Chopin (1810-1849) e Franz Liszt (1811-1886). No fim do século XIX, o grande romântico é Richard Wagner (1813-1883), autor das óperas românticas O Navio Fantasma e Tristão e Isolda.A renovação do teatro começa na Alemanha. Individualismo, subjetividade, religiosidade, valorização da obra de Shakespeare (1564-1616) e situações próximas do cotidiano são as principais características. O drama romântico em geral opõe num conflito o herói e o vilão. Os dois grandes expoentes são os poetas e dramaturgos alemães Goethe e Friedrich von Schiller (1759-1805). Victor Hugo é o grande responsável pela formulação teórica que leva os ideais românticos ao teatro. Os franceses influenciam os espanhóis, como José Zorrilla (1817-1893), autor de Don Juan Tenório; os portugueses, como Almeida Garrett (1799-1854), de Frei Luís de Sousa; os italianos, como Vittorio Alfieri (1749-1803), de Saul; e os ingleses, como Lord Byron (1788-1824), de Marino Faliero.O Romantismo no Brasil surge em 1830, influenciado pela independência, em 1822. Desenvolve uma linguagem própria e aborda temas ligados à natureza e às questões político-sociais. Defende a liberdade de criação e privilegia a emoção. As obras valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a religiosidade, a natureza, os temas nacionais, as questões político-sociais e o passado.Os artistas dedicam-se a pinturas históricas, que enaltecem o império e o nacionalismo oficial. Exemplos são as telas A Batalha de Guararapes, de Victor Meirelles (1832-1903), e A Batalha do Avaí, de Pedro Américo. O Romantismo também influencia as obras dos pintores Araújo Porto Alegre (1806-1879) e Rodolfo Amoêdo (1857-1941).Na literatura, o marco inicial do Romantismo brasileiro é a publicação, em 1836, de Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães (1811-1882). A produção literária passa por quatro fases. A primeira (1836-1840) privilegia o misticismo, a religiosidade, o nacionalismo e a natureza. Seus expoentes são Araújo Porto Alegre e Gonçalves de Magalhães.Na segunda (1840-1850) predominam a descrição da natureza, a idealização do índio e o romance de costumes. Os destaques são Gonçalves Dias, poeta de Canção dos Tamoios, José de Alencar, autor de O Guarani, e Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882), de A Moreninha.Na terceira (1850-1860), o nacionalismo intensifica-se e preponderam o individualismo, a subjetividade e a desilusão. Na poesia sobressaem Álvares de Azevedo, de Lira dos Vinte Anos, Casimiro de Abreu (1839-1860), de Primaveras, e Fagundes Varela (1841-1875), de Cantos e Fantasias. Na prosa consolidam-se as obras de José de Alencar, com Senhora, e Bernardo Guimarães (1825-1884), com A Escrava Isaura. Destaca-se ainda Manuel Antônio de Almeida (1831-1861), com Memórias de um Sargento de Milícias.Na última fase (1860-1880), época de transição para o Realismo e o Parnasianismo, prevalece o caráter social e liberal ligado à abolição da escravatura. O grande nome na poesia é Castro Alves, autor de O Navio Negreiro. Outro poeta importante é Sousândrade (1833-1902), de Guesa. Na prosa destacam-se Franklin Távora (1842-1888), de O Cabeleira, e Machado de Assis, em suas primeiras obras, como Helena. Com o Romantismo surgem as primeiras produções do Regionalismo, que retrata de forma idealizada tipos e cenários de regiões do país.Em relação a música, os compositores buscam liberdade de expressão e valorizam a emoção. Resgatam temas populares e folclóricos, que dão ao Romantismo caráter nacionalista. A ópera se desenvolve no país. Seus principais representantes são Carlos Gomes, autor de O Guarani, e Elias Alvares Lobo (1834-1901). Eles são auxiliados por libretistas como Machado de Assis e José de Alencar. Em 1863 estréia Joana de Flandres, de Carlos Gomes, com texto em português. A última ópera apresentada nesse período é O Vagabundo, de Henrique Alves de Mesquita (1830-1906). Uma segunda fase do movimento é marcada pelo folclorismo. Sobressaem Alberto Nepomuceno (1864-1920) e Luciano Gallet (1893-1931).O teatro desenvolve-se com a chegada da corte portuguesa, em 1808. A primeira peça é a tragédia Antônio José, ou o Poeta e a Inquisição (1838), de Gonçalves de Magalhães, encenada por João Caetano (1808-1863). Martins Pena, autor de O Noviço, é considerado o primeiro dramaturgo brasileiro importante. Individualismo, subjetividade, religiosidade e situações cotidianas são as principais características do período.Distantes da preocupação com a realidade brasileira, mas muito identificados com a arte moderna e inspirados pelo Dadá, estão os pintores Ismael Nery e Flávio de Carvalho (1899-1973). Na pintura merecem destaque ainda Regina Graz (1897-1973), John Graz (1891-1980), Cícero Dias (1908-) e Vicente do Rego Monteiro (1899-1970).Di Cavalcanti retrata a população brasileira, sobretudo as classes sociais menos favorecidas. Mescla elementos realistas, cubistas e futuristas, como em Cinco Moças de Guaratinguetá. Outro artista modernista dedicado a representar o homem do povo é Candido Portinari, que recebe influência do Expressionismo. Entre seus trabalhos importantes estão as telas Café e Os Retirantes.
Os autores mais importantes são Oswald de Andrade e Mário de Andrade, os principais teóricos do movimento. Destacam-se ainda Menotti del Picchia e Graça Aranha (1868-1931). Oswald de Andrade várias vezes mescla poesia e prosa, como em Serafim Ponte Grande. Outra de suas grandes obras é Pau-Brasil. O primeiro trabalho modernista de Mário de Andrade é o livro de poemas Paulicéia Desvairada. Sua obra-prima é o romance Macunaíma, que usa fragmentos de mitos de diferentes culturas para compor uma imagem de unidade nacional. Embora muito ligada ao simbolismo, a poesia de Manuel Bandeira também exibe traços modernistas, como em Libertinagem.
Heitor Villa-Lobos é o principal compositor no Brasil e consolida a linguagem musical nacionalista. Para dar às criações um caráter brasileiro, busca inspiração no folclore e incorpora elementos das melodias populares e indígenas. O canto de pássaros brasileiros aparece em Bachianas Nº 4 e Nº 7. Em O Trenzinho Caipira, Villa-Lobos reproduz a sonoridade de uma maria-fumaça e, em Choros Nº 8, busca imitar o som de pessoas numa rua. Nos anos 30 e 40, sua estética serve de modelo para compositores como Francisco Mignone (1897-1986), Lorenzo Fernandez (1897-1948), Radamés Gnattali (1906-1988) e Camargo Guarnieri (1907-1993).
Ainda na década de 20 são fundadas as primeiras companhias de teatro no país, em torno de atores como Leopoldo Fróes (1882-1932), Procópio Ferreira (1898-1979), Dulcina de Moraes (1908-1996) e Jaime Costa (1897-1967). Defendem uma dicção brasileira para os atores, até então submetidos ao sotaque e à forma de falar de Portugal. Também inovam ao incluir textos estrangeiros com maior ousadia psicológica e visão mais complexa do ser humano.


Surrealismo


O Surrealismo é um movimento artístico e literário que surgiu na França na década de 1920, reunindo artistas anteriormente ligados ao Dadá. Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud, enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Defende que a arte deve libertar-se das exigências da lógica e expressar o inconsciente e os sonhos, livre do controle da razão e de preocupações estéticas ou morais. Rejeita os valores burgueses, como a pátria e a família.O principal teórico e líder do movimento é o poeta, escritor, crítico e psiquiatra francês André Breton, que em 1924 publica o primeiro Manifesto Surrealista, mas as suas raízes mergulham alguns anos antes. Quase na mesma altura em que se deu a explosão futurista, outros artistas italianos, principalmente Giorgio de Chirico (1888-1978), criaram uma escola radicalmente diferente, conhecida por pintura "metafísica". A maquinaria e o movimento encontram-se ausentes das suas obras, enveredando pelo interesse pelo subconsciente e pelo irracionalismo místico. Durante o período cubista, em Paris, Marc Chagall de origem russa e Chirico, filho de pai italiano e mãe grega, associam na sua pintura elementos reais e irreais, numa antecipação da qualidade onírica dos surrealistas. Chagall, de religião judaica, mantém-se ligado à tradição e às recordações da sua infância numa pequena aldeia russa. Algumas das suas pinturas refletem esse passado, com imagens descontínuas e irracionais, lembrando sonhos e visões onde o mundo parece irreal, sem densidade, opacidade ou peso físico. Utiliza cores espantosas pelo seu brilho e irrealidade. As formas são vivas mas também irreais. Parece um mundo de "fantasmas familiares". O conjunto reflete a influência da arte popular russa, do judaísmo e da Bíblia, que lhe serviram de inspiração. Chirico iniciou-se com a representação de paisagens urbanas onde aparecem edifícios de arcadas, estátuas e uma ou outra figura humana. Depois, experimenta composições mais estranhas e heterogêneas, em que as figuras, colocadas em espaços profundos e desolados, são manequins e outras personagens, compostas de objetos de todos os tipos, fazendo lembrar certas telas barrocas. A colocação das figuras e a projeção das suas sombras criam a impressão de solidão, de irrealidade e de sonho. Estas obras estranhas anunciam já o Surrealismo.Essa corrente foi fortemente marcada pelas concepções psicanalistas de Freud e no conseqüente estudo do subconsciente. Breton, poeta e fortemente interessado pela psicanálise, imaginou uma nova forma de criação, partindo do reino do subconsciente que Kandinsky e Klee já tinham experimentado, mas introduzindo-lhe um novo espírito e um novo rumo. Estava assim criado o Surrealismo que se encontrava em sintonia com o clima intelectual da época.Podem distinguir-se dois tipos de arte surrealista: o das experiências criadoras automáticas e o do imaginário tirado do mundo do sonho. O primeiro, tinha como objetivo assegurar a total liberdade criadora. O segundo, oferecia um novo campo de exploração artística, de ordem afetiva e caracterizava-se por uma fantasia abstrata.As primeiras experiências feitas na pintura automática procuravam eliminar qualquer controle da razão ou do pensamento, libertando desse modo o subconsciente para o envio dos impulsos criadores. Seguiam as teorias defendidas por Freud e Bergson. Esperavam a erupção dessa vida secreta -as riquezas escondidas nas profundezas da alma- e assim alcançar o "maravilhoso", ausente da vida consciente. Para isso, utilizaram vários métodos, nomeadamente a hipnose, em que vários elementos do grupo entravam em transe, sendo registradas as palavras que pronunciavam enquanto estavam nessa situação. Depois, os surrealistas procuraram a combinação do consciente com o inconsciente, da realidade e do sonho para criar uma super-realidade. O artista mantém o figurativo, cuidando rigorosamente o desenho, mas renuncia ao racional para se deixar guiar pela imaginação e pela alucinação. Procuravam representar o "surreal", o que está para além da realidade, ou seja, o sonho, as imagens do inconsciente. Os seus quadros enchem-se de imagens estranhas, semelhantes às dos sonhos, cujo significado nem sempre é fácil de desvendar. Contudo, para muitos pintores, este movimento afirmava a importância do sonho na criação artística, como forma de libertação do espírito, recusando a "arte pela arte". As figuras que mais se destacam são: Salvador Dalí (1904-1989), René Magritte (1898-1967), Paul Klee, Wassily Kandinsky, Joan Miró, Max Ernst, entre outros.Devido ao fato de este movimento ter como principal objetivo revelar os segredos e as profundidades do mundo psíquico, os artistas podiam servir-se das técnicas e dos princípios de todos os outros movimentos, incluindo estilos mais antigos (arte cretense, micênica e até a arte dos índios americanos ou a dos povos africanos e da Oceania). Inspiravam-se no que as convenções da sua época consideravam "estranho". Foi o que aconteceu com Joan Miró que utilizou símbolos que constituem uma autêntica linguagem hieroglífica. Deve-se ainda acrescentar que o Surrealismo é o resultado da "arte fantástica" e mantém-se ainda nos nossos dias muito vivo. Os surrealistas entendiam que "só o maravilhoso é belo" e por isso, procuravam através da surpresa alcançar uma "beleza violenta", rejeitando qualquer arte que aspirasse à racionalidade e à lógica. Talvez seja essa uma das razões por que tenha influenciado outras correntes que, à partida eram distintas dele, como é o caso da corrente denominada Neo-Romantismo que, embora pouco duradoura, sofreu uma ligeira influência mas os seus seguidores nunca recorreram ao subconsciente. Além disso, este movimento tem imprimido ao longo de várias gerações o gosto pelo fantástico, como acontece ainda nos nossos dias.No Brasil, o Surrealismo é uma das muitas influências captadas pelo Modernismo. Nas artes plásticas há traços surrealistas em algumas obras de Tarsila do Amaral, como na tela Abaporu, e de Ismael Nery, cuja tela nu mostra uma mulher branca de um lado e negra do outro. No início da carreira, o pernambucano Cícero Dias (1908-) pinta Eu Vi o Mundo, Ele Começava no Recife, obra que apresenta todas as características surrealistas. Entre os escultores, o movimento influencia Maria Martins (1900-1973). Suas peças têm caráter fantástico, como o bronze O Impossível, em que bustos humanos têm lanças no lugar da cabeça.

Arcadismo


O movimento conhecido como Arcadismo, Setecentismo (os anos 1700) ou Neoclassicismo é o período de caracteriza principalmente a segunda metade do século XVIII, tingindo as artes de uma nova tonalidade burguesa.No século XVIII, as formas artísticas do Barroco já se encontram desgastadas e decadentes. O fortalecimento político da burguesia e o aparecimento dos filósofos iluministas formam um novo quadro sócio político-cultural, que necessita de outras fórmulas de expressão. Combate-se a mentalidade religiosa criada pela Contra-Reforma, nega-se a educação jesuítica praticada nas escolas, valoriza-se o estudo científico e as atividades humanas, num verdadeiro retorno à cultura renascentista. A literatura que surge para combater a arte barroca e sua mentalidade religiosa e contraditória é o Neoclassicismo, que objetiva restaurar o equilíbrio por meio da razão.A influência neoclássica penetrou em todos os setores da vida artística européia, no século XVIII. Os artistas desse período compreendiam que o Barroco havia ultrapassado os limites do que se considerava arte de qualidade e procuravam recuperar e imitar os padrões artísticos do Renascimento, tomados então como modelo.Na Itália essa influência assumiu feição particular. Conhecida como Arcadismo, inspirava-se na lendária região da Grécia antiga. Segundo a lenda, a Arcádia era dominada pelo deus Pari e habitada por pastores que, vivendo de modo simples e espontâneo, se divertiam cantando, fazendo disputas poéticas e celebrando o amor e o prazer. Os italianos, procurando imitar a lenda grega, criaram a Arcádia em 1690 - uma academia literária que reunia os escritores com a finalidade de combater o Barroco e difundir os ideais neoclássicos. Para serem coerentes com certos princípios, como simplicidade e igualdade, os cultos literatos árcades usavam roupas e pseudônimos de pastores gregos e reuniam-se em parques e jardins para gozar a vida natural.No Brasil e em Portugal, a experiência neoclássica na literatura se deu em torno dos modelos do Arcadismo italiano, com a fundação de academias literárias, simulação pastoral, ambiente campestre, etc.Esses ideais de vida simples e natural vêm ao encontro dos anseios de um novo público consumidor em formação, a burguesia, que historicamente lutava pelo poder e denunciava a vida luxuosa da nobreza nas cortes.

Art Nouveau


Como um movimento das artes decorativas, o Art Nouveau surge na Europa por volta de 1890 e influencia as artes plásticas e a arquitetura. Preocupados em tornar mais agradável os objetos industrializados, os artistas criam elementos decorativos estilizando formas animais e vegetais. Exemplos disso são os desenhos florais aplicados nos pés de ferro das máquinas de costura, em papéis de parede, em grades de ferro fundido e em ilustrações de livros. Também as peças artesanais únicas exibem os mesmos padrões. É o período dos vitrais, vasos, luminárias, jóias e móveis excêntricos e requintados.Os edifícios Art Nouveau apresentam linhas curvas, delicadas, irregulares e assimétricas. Mosaicos e mistura de materiais caracterizam muitas obras arquitetônicas, como as de Antoni Gaudí expoente do movimento na Espanha, com foco em Barcelona. Com cacos de vidro e ladrilhos, ele decora construções como o Parque Güell e a Casa Milá, em Barcelona. A Igreja da Sagrada Família é outra obra sua de destaque.Entre os símbolos do Art Nouveau na França estão os vasos sinuosos de vidro de Émile Gallé (1864-1904), as jóias de pérolas e esmalte de René Lalique (1860-1945), os cartazes de Toulouse-Lautrec (1864-1901) e a ornamentação das entradas de algumas estações de metrô de Paris, assinadas por Hector Guimard (1867-1934). Na Bélgica, destaca-se o arquiteto Victor Horta (1861-1947). Sua obra-prima, a Casa Tassel, em Bruxelas, é repleta de trabalhos de ferro fundido. Nos Estados Unidos, o grande representante é Louis Tiffany (1848-1933), criador de vasos de inspiração mourisca e japonesa, peças marcadas pela ousadia e por seu imenso valor. Por volta de 1910, a necessidade de padronização e simplificação imposta pela indústria faz o movimento perder força em todo o mundo. O Art Nouveau recebe um nome em cada país. Na Alemanha chama-se Jugendstil (estilo de juventude) e na Itália, Stile Liberty.Conhecido também como estilo floral, está presente em edifícios projetados pelo francês Victor Dubugras; nas construções do sueco Karl Ekman (1866-1940), como a Vila Penteado, em São Paulo; e em gradis, portas e móveis produzidos pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. No Rio de Janeiro, um grande exemplo é o interior da Confeitaria Colombo. Cerâmicas e cartazes do pintor Eliseu Visconti (1866-1944) também têm inspiração Art Nouveau.


Arte Cristã

A Arte Cristã compreende a arte da catacumba ( galeria subterrânea onde enterravam os mortos). Inicialmente essas pinturas limitavam-se a representações dos símbolos cristãos: pão, peixe, cruz, o bom pastor. Mais tarde o simbolismo tende a desaparecer, dando lugar à representação menos misteriosa; aumentando o retrato, cenas da vida real e assuntos tirados Bíblia. A arte cristã primitiva era executada por homens do povo (artesãos). Primeiramente tosca e simples nas catacumbas e depois mais rica e amadurecida nas primeiras basílicas. Os templos mantiveram as características da construção romana - basílicas.Quanto a escultura, raríssimas são as estátuas e o baixo relevo cristão encontradas em alguns sarcófagos, eram feitas de mármore.O elemento verdadeiro da Arte Cristã foi o mosaico , feitos nas paredes das basílicas e templos.